quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Show Angra - 04 - 10 - 2009



Domingo nublado e a primeira vez que o Angra toca na cidade de Duque de Caxias, o local do show foi o Clube Recreativo Caxiense.


Primeiramente vamos falar do local. O Clube conta com uma boa área aberta, onde alguns lojistas puderam expor materiais diversos com a temática Heavy Metal (CDs, LPs, camisas, cordões, pulseiras e todos os outros tipos de badulaques, entre outros).


A organização do evento disponibilizou três palcos para a ocasião, aí começou uma pequena novela que atrapalhou um pouco o brilho do evento. Como a área era a de um clube, existiam dois palcos em uma quadra, o espaço é ótimo, diga-se de passagem, e outro localizado em um salão dentro das dependências do clube. A proposta inicial pelo que eu entendi era de que o palco interno contivesse as bandas covers e os dois externos revezassem as bandas de abertura e depois um deles (o maior) teria o Angra. Pois bem, o que aconteceu foi que segundo os organizadores do evento a produção da banda não queria que as bandas de abertura tocassem no palco principal. Isso fez com que uma das bandas (a Scarlet Horizon pra ser mais exato) montasse o seu equipamento e não tocasse, tendo que desmontar tudo e quase ter que ir embora sem tocar.


Steely Heaven


No fim, uma falha de comunicação entre a produção do Angra e a produção do evento, não vou procurar chifre em cabeça de cavalo, mas em minha opinião algumas bandas foram prejudicadas e outras acabaram não tocando. Bom, agora vamos ao que interessa...


O palco principal, desde que abriram os portões, foi tomado pelos fãs mais ardorosos que não arredaram o pé dali até que o show do Angra acabasse. Eu por exemplo, devido ao tumulto, só consegui assistir três bandas de abertura das treze que estavam programadas.


Scarlet Horizon


A primeira banda a se apresentar foi a Steely Heaven e tocaram sem problemas, agitaram os presentes com o seu som e levantou boa parte dos presentes, a segunda banda do evento foi a Scarlet Horizon, aquela que quase foi embora, e mandaram muito bem, depois delas lembro-me de ouvir a Skyrion, banda com vocais femininos, mas que não possuem um som datado. Já no palco “cover”, consegui ver parte da apresentação da banda Dream Circle, com uma galera entusiasmada e com um bom poderio instrumental, pena que a vocalista ainda não deve ter se adaptado totalmente a banda e ao estilo proposto pelo grupo, que infelizmente foi o comentário ouvido por muitos que estavam presentes lá.


Infelizmente só consegui ouvir essas bandas, pois a aglomeração no outro palco já estava grande e tinha que conseguir o meu lugar na grade. Passagem de som realizada e os caras do Angra adentraram ao palco, outro detalhe chato da noite, a banda começou o show enquanto uma das bandas de abertura começava a tocar.

O Angra fez um show empolgante, tocando músicas de todos os álbuns, passando por todas as fases da banda, os integrantes pareciam estar gostando mesmo da apresentação. O visual meio largado de Edu Falaschi também ficou legal, a volta de Ricardo Confessori e o tempo passado desde a última vez do Angra no Rio criaram uma expectativa grande.


Angra


O show se iniciou com a introdução clássica Unfinished Allegro seguida pelo maior clássico da banda Carry On, que se encontra no primeiro álbum da banda, em seguida executam Nova Era, sempre bem recebida pelo público, Waiting Silence manteve a galera na empolgação, quebrando o ritmo, a escolhida da vez foi Silence And Distance, uma grata surpresa no set.


Voltando para a pegada mais rápida, mais um clássico da banda e que nomeia o debut, Angels Cry, mais uma surpresa no set, Lisbon, muito pedida pelos fãs, a banda segue com The Course Of Nature do álbum Aurora Consurgens. Com Late Redemption foi o momento de a galera interagir e fazer as partes gravadas por Milton Nascimento, Acid Rain foi a seguinte a ser executada e abriu espaço para uma música não muito usual pela banda, Never Understand.


Foi o momento de uma das poucas músicas que salvam o último álbum, The Voice Commanding You foi executada e a banda seguiu sem sustos e mandou Rebirth seguida por Nothing To Say, este foi o término do set regular, a banda se despede ao som da instrumental Deus Le Volt ! Obviamente a banda voltaria para um bis, a banda volta e detona com Spread Your Fire, uma música que soa muito bem ao vivo e que facilmente levanta a galera.


Angra


No fim do dia, o que tivemos, foi um bom show, sem riscos, abrangendo os clássicos antigos e novos da banda. A banda deixou claro que queria repor esses dois anos perdidos devido as brigas judiciais, mesmo sem uma produção de palco e efeitos de luzes magistrais, a banda foi a atração em si, destaque para a simpatia do vocalista Edu Falaschi que conversou em alguns momentos com a platéia, inclusive pedindo para que todos ficassem e vissem as outras bandas, a técnica e naturalidade dos guitarristas Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro, a técnica de Felipe Andreolli e a volta do baterista Ricardo Confessori.


Desejamos sorte ao Angra e que eles consigam dar a volta por cima. E que a produção se acerte na próxima vez para que todas as bandas tenham um tratamento direito e que o público possa ver e ouvir as mesmas.


Para conferir as fotos do evento acesse:


http://viewmorepics.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewPicture&friendID=465207472&albumId=978341

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