terça-feira, 16 de novembro de 2010

Entrevista, Tiago Della Vega (Novembro - 2010)


Tiago Della Vega é um guitarrista brasileiro nascido em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, começou a aprender a tocar violão com cinco anos de idade, depois de um ano conheceu a guitarra elétrica e sua maior paixão.

Atualmente, ocupa o título do Guinness World Records como o guitarrista mais rápido do mundo. Para acompanhar as novidades sobre o músico acesse www.myspace.com/officialdellavega .

Agora confira a mais essa exclusiva do RioMetal Blog.



Tiago, como foi a sensação de se tornar oficialmente o músico mais rápido do planeta?

Bem, a minha primeira sensação no momento que terminei o evento e voltei para o hotel foi de um alívio muito grande, algo como “missão cumprida” , e nas semanas seguintes apareceram mil idéias das quais eu poderia me utilizar usar esse apelo de agora ser oficialmente o guitarrista mais veloz do mundo, idéia das quais estou trabalhando até hoje, pois são muitas as possibilidades que se abriram com esse titulo/apelo.


Quais os critérios utilizados por essa classificação e qual sua marca?

Bem, o record anterior era 250 bpm, lembrando que a figura rítmica utilizada é sempre a semicolcheia, o record que saiu no guinness e que eu fiz na época é 320 bpm.





Como foi a repercussão do seu trabalho solo, “Hybrid”, em território nacional e internacional? Como foi a turnê de divulgação deste trabalho?

Foi simplesmente fantástica, muito, mas muito alem do planejado, passei 4 vezes pelo circuito de cidades Brasileiras, com mais de 80 shows em dois anos, tendo record em gravações de programas de tv (mais de 200), foi incrível, já nas turnês no exterior eu diria que a palavra que definiria elas foi "felicidade", pois é ótimo saber que em países tão longe quanto o Japão sou tão querido, adoro aquele país !!! Na Europa foi a mesma coisa passei por mais de 10 países lá e todos tiveram muitas pessoas nos eventos e gostei muito do povo europeu, apesar de muitas pessoas falarem que o povo Europeu é sério e não muito receptivo, achei completamente diferente, foram pessoas fantásticas comigo.


Você atuou ao lado dos músicos Danilo Mendes (Teclado) e Daniel Batera (Bateria). Como você chegou a esses nomes?

Os dois músicos eu procurei fazendo pesquisas na internet e vendo vários vídeos, então mandei um email para eles para marcar uma reunião, pois estava querendo montar uma banda para sair em turnê pelo Brasil, são músicos incríveis e com o passar dos anos viraram grandes amigos.


Tiago, por um breve período de tempo você atuou com a banda Burning In Hell, quais suas lembranças deste período? Porque você não prosseguiu com a banda?

Fiquei dois anos com a banda, gravamos um álbum que foi bem conceituado no japão e fizemos alguns shows pelo Brasil, o problema é que apesar da banda ser muito boa não possuía nenhum apelo que a diferenciasse das demais bandas do estilo, o que complica as coisas principalmente na Europa e Japão , pois existe centenas de bandas fazendo a mesma coisa e com uma grande vantagem, estão lá! Na época em que eu decidi sair estava aparecendo inúmeros convites para gravar e tocar no exterior em função do lance do Guinness estar começando a acontecer, então era óbvio que eu partiria para uma carreira solo.

Como andam as gravações de seu novo trabalho solo? Em que você tem se inspirado para fazer as músicas? Quais os processos de composição que utiliza?

Estou atualmente em estúdio produzindo meu segundo álbum, vai ser baseado em doenças mentais com temas bastante pesados e rápidos, como estou dedicando 100% do meu tempo para isso, tenho tempo para pesquisar sobre o assunto e prometo um grande álbum para 2011.


Hoje você é endorser de grandes marcas de instrumentos como a Ovation, Orange, Sikpik, Dimarzio, SG strings e Powerclick. Como surgiram essas oportunidades?

Bem, a Powerclick foi a primeira delas, por volta de 2007, o Kika (presidente da powerclick) me procurou e ficamos grandes amigos depois disso, faço uns 4 ou 5 eventos por ano em função dessa marca, logo depois do video do record ser colocado no youtube e ter gerado milhões de acessos as coisas começaram a mudar, comecei a receber muito convites, no caso da Ovation, meu manager nos EUA enviou um email para eles falando de endorsee, pois utilizo a marca a muitos anos, e gostaria de estar junto com eles ,então em menos de 2 semanas recebi vários modelos da marca em meu estúdio, Sobre a orange eu toquei em um amp deles na ultima turnê e achei fantástico, liguei na hora para meu manager e pedi para ele entrar em contato, com a SG eu entrei em contato pois gostaria de ter uma marca Nacional junto comigo, para me dar suporte aqui no Brasil e com a Dimarzio eu mandei um email para eles pois também utilizava seus captadores a muitos anos, e é incrível como eles são atenciosos, alem de me mandarem os equipamentos regularmente me dão um suporte enorme , coisa que seria impossível para as marcas nacionais.





Em nosso país sempre houve um certo repúdio não só da mídia mas como público também onde o artista musical de boa qualidade não tem o devido valor. Como você vê essa questão? Existe diferença entre o mercado nacional e o internacional?

Eu não posso reclamar da mídia e do publico brasileiro, sempre tive muita abertura em tv e jornais, e o público sempre foi incrível por onde tenho passado, adoro o povo brasileiro!!! Porém no meu caso eu sinto certo repúdio das revistas especializadas e das marcas nacionais, o que é um pena pois adoraria usar mais marcas nacionais e participar da mídia escrita especializada, porem isso não acontece. Essa semana mesmo fui convidado pela Orange para ir para a NAMM ( feira de musica Americana) em janeiro e também pela Sikpik e Ovation para uma série de 20 workshops pelos EUA em julho, é engraçado que as marcas de fora estão se aproveitando muito bem da propaganda que eu estou gerando, mas as marcas nacionais fazem o contrário, uma pena.


Em relação a sua velocidade para tocar guitarra, qual o seu ritmo de estudo e treino habitual? Por quantas horas você pratica?

Teve uma época da minha vida que eu estudava 15 horas por dia, hoje em dia com a agenda apertada fica difícil de estudar, porem estou sempre tocando, gravando ou compondo.


Existe algum guitarrista em carreira solo ou até mesmo de alguma banda que você enxerga como uma futura promessa?

Isso é complicado para responder, pois no Brasil existe muito músicos excepcionais, em cada cidade que passo conheço algum, o problema é que são simplesmente músicos, apenas tocam seus instrumentos, o lado profissional é muito fraco e hoje em dia só tocar bem não quer dizer nada, se precisa de muito mais coisas e argumentos para a carreira funcionar.


Existe algum nome da guitarra ou algum músico em geral com quem você gostaria de gravar?

Quero gravar com todo mundo, principalmente com estilos bem diferente do meu, nada ligado ao rock, seria ótimo gravar um sertanejo por exemplo, colocar minha visão e minha pegada em algumas músicas, sou músico e não tenho preconceito com nada, desde que seja bem feito, tudo tem seu valor, acho ótimo “atacarmos” outros públicos.


Que dicas você daria a um iniciante na guitarra?

Acho que a grande dica é que você ter que ter a consciência que tocar bem hoje em dia não é mais que uma obrigação, se preocupe muito mais em ter um bom material (fotos, vídeos, release, cd...) e concentre tudo isso em um site, isso pode levar alguns anos para você juntar... e depois disso tudo montado e com uma boa arte gráfica envolvendo cada material que citei você tem que começar a pensar como vai vender seu peixe, pois isso que vai dar sentido aos anos que você estudo.


Tiago, obrigado pela chance de entrevistá-lo e esperamos vê-lo nos palcos em breve. Deixo o espaço para você deixar um recado para os nossos leitores.

O prazer foi meu, no segundo semestre de 2011 vai rolar uma turnê no Brasil, não vejo a hora disso começar e encontrar todo mundo !!


2 comentários:

Dih Barbosa disse...

Olha a prata da casa se detacando aí! o cara levando o Brasil la na frente, e não é por ter uma bunda bonita! hauhauhauha

Anônimo disse...

orgulho nacional !!!