terça-feira, 16 de agosto de 2011

Entrevista: Lost Forever (Agosto 2011)

A banda Lost Forever é uma banda de Metal já conhecida na cena do Metal Carioca. Formada em 1997, a banda está lançando seu segundo álbum, chamado “Rising”.

Sua formação conta com: James Galvão (vocal), Fabbio Nunes (guitarra), Andre de Lemos (baixo), Andre Tavares (teclado) e Rene Shulte (bateria).



A banda está lançando o álbum “Rising”, como foram as gravações e a produção do álbum ?

Andre de Lemos: No que toca às gravações, tudo foi bastante tranqüilo. O Sidney Sohn foi nosso produtor e soube equilibrar muito bem as coisas para todos dentro do estúdio. Ele é um profissional exemplar. Graças a ele pudemos experimentar três estúdios distintos, o que possibilitou grandes resultados em termos de timbres. Além disso, tudo que se poderia fazer em termos de performance individual atingiu seu máximo potencial graças a sua competência.

Fabbio Nunes: Trabalhamos com calma para tentar tirar o máximo de cada um, de forma que, a música ficasse em primeiro lugar. Todos os músicos tiveram esse “timing” e deram sua importante contribuição juntamente com o nosso produtor, que soube exatamente o que a banda pensava sobre o trabalho.

Como a entrada de James Galvão (vocal) e Andre Tavares (teclados), contribuíram para esse processo?

James Galvão: Quando eu entrei para a banda, regravei todos os vocais e busquei colocar mais melodia e criar harmonias, sem deixar de soar agressivo nos momentos certos.

Andre de Lemos: O Andre Tavares também entrou para a banda depois de todo o processo de gravação estar finalizado. Ambos têm sido incrivelmente dedicados à banda e sua proposta e já estamos compondo material novo com eles!

Fabbio Nunes: É muito difícil entrar numa banda com tudo “pronto”, não é fácil ouvir as músicas já com uma característica concebida e, mesmo assim, contribuir com profissionalismo e dedicação para que a música fique o mais coesa possível. O James fez isso e muito mais, superou todas as expectativas, que já eram grandes para a gravação dele, sem falar no material novo, que por sinal está ficando muito interessante, já que o James agora está podendo criar mais. O André Tavares, que já chegou com o “Rising” finalizado, tem feito um excelente trabalho dentro da banda, tanto na execução das músicas quanto no comprometimento e companheirismo. E compondo o nosso novo material com muito talento. Estamos muito felizes com eles!

O nome “Rising” tem algum significado especial para a banda ?

James Galvão: Antes da mudança de formação, o nome do álbum seria “Nexus”, porém, logo após a minha entrada na banda, chegamos à conclusão de que o nome “Rising” era perfeito para esse novo momento do Lost Forever.

Andre de Lemos: Tem significado, claro. Não é apenas a faixa-título. Foram muitas as mudanças nessa banda desde o início da produção deste álbum, em todos os sentidos. Tudo o que foi vivido e experienciado, cada entrada e saída de integrantes, enfim: boa parte da história da banda foi redimensionada e ressignificada nesse meio-tempo e tudo isso se reflete muitíssimo bem nesse título. Esse material gravado e agora lançado é, de certo modo, um belo sumário desses passos todos em nossa caminhada até aqui. Ele sintetiza nossa luta por ascensão. Isto é, continuar crescendo, amadurecendo como músicos e banda, sem desistir jamais daquilo que escolhemos fazer: nossa música. Pode até parecer brincadeira, mas “Rising” tem muito mais a ver com nossa filosofia como banda. É muito mais coerente (tem mais “nexus”! Risos) com quem somos hoje e o que queremos para a banda. Ou seja, continuar crescendo. A caminhada continua.

Fabbio Nunes: Sem dúvida o momento é de ascensão, não poderíamos rebatizar o trabalho de maneira diferente. Sofremos com mudanças, umas que nos fizeram atrasar um pouco o processo e outras que nos fizeram tomar a direção que tomamos e está dando certo. A entrada do James é um exemplo de que as coisas melhoraram e estão melhorando. Agora é trabalhar que estamos no caminho certo.


A banda esperou desde 2004 para lançar um álbum novo, à que se deve esse hiato tão grande?

Andre de Lemos: Foram muitos os fatores. Desde problemas pessoais e jurídicos, passando pelo entra-e-sai de integrantes, até questões de mudanças de endereço, casamento, vida profissional etc.. Todo o processo de produção iniciou-se em 2006, para se ter uma idéia. Mas até 2009 foi extremamente difícil manter a boa continuidade da produção, dado que a formação da banda passava por problemas que fatalmente redundaram na saída de diversos integrantes. Cada um com sua própria agenda e personalidade, o que dificultava bastante as coisas para uma banda com tanto tempo de estrada e já com uma filosofia própria de trabalho. Essa filosofia é bastante séria, como somos sérios em tudo o que fazemos. O que não significa, é claro, que não saibamos nos divertir (Risos). A mudança de estúdio do nosso produtor (ele fez uma mudança completa e montou um estúdio novo!), a necessidade de termos de regravar todos os vocais e backing vocals, também contribuíram para a demora. Assim como a difícil decisão de um lançamento totalmente independente, que já se mostrou mais do que acertada.

Fabbio Nunes: Como o André mencionou, são muitos os fatores. Cada fator soma com o outro, e com o outro, e assim vai, quando olhamos pra trás vemos o quanto já andamos. A realidade de uma banda independente é dessa forma, todos tem família, emprego e etc. Mas somos “osso duro de roer” (risos). Amamos o que fazemos. Isso não tem preço!

Agora contando somente com 1 guitarrista em sua formação, o quanto isso modificou na sonoridade da banda ?

James Galvão: O Fabbio é um guitarrista muito talentoso, que sabe alinhar técnica e feeling, dando peso na medida certa à banda sem que seja necessária a entrada de outro guitarrista. A banda ganhou muito com isso e as músicas novas que estamos compondo provam que estávamos certos ao apostarmos nessa mudança.

Andre de Lemos: Na realidade modificou pouco, mas há diferenças, claro. No geral, creio que essa mudança nos afetou de modo muito positivo. Inicialmente, ficamos um pouco temerosos. Mas desde que escolhemos manter apenas uma guitarra, honestamente, estamos muito satisfeitos. O Fabbio tem tirado de letra a tarefa... Esse cara é bom! (Risos).

Fabbio Nunes: Tive que me adaptar, até então tenho conseguido manter o peso e tocar as músicas alternando os momentos das guitarras. Alguns arranjos eu sou ajudado pelo André Tavares (Tecladista) e o André de Lemos (Baixista) a preencher, nesse caso, o espaço deixado pela outra guitarra. Na minha opinião, de certa forma os “riffs” estão mais definidos (pelo fato de ser uma guitarra) e o peso continua. A mudança foi positiva.


Dia 21 de agosto, no Teatro Odisséia – Centro RJ será realizado o show do lançamento oficial do “Rising”. O que esperar desse show que será realizado junto com a banda Dreadnox que também está lançando seu novo álbum chamado “Dance Of Ignorance”?

Andre de Lemos: Uma grande celebração não só da história e música dessas bandas, mas de parte (que nos cabe) da própria história do metal carioca. Metal feito por quem está nesse meio há muito tempo e cresceu junto com essa cena que tem andado um pouco apática, mas ainda muito viva. Não é todo dia que bandas que estão por aí há tanto tempo se reúnem de forma tão honesta e sincera para tocarem juntas em lançamento de seus CD’s, ainda mais numa casa tão legal e tradicional como o Teatro Odisséia. Quase todas as bandas que conhecemos quando começamos já desapareceram, salvam-se apenas umas duas ou três. Bandas como o Lost Forever e o Dreadnox sobreviveram e sobreviverão a tudo e a todos, doa a quem doer, por terem o mais alto compromisso com sua música e seus fãs. O resto é “café pequeno”, passa rápido e logo cai no esquecimento.

Fabbio Nunes: Esperamos o melhor, que fique lotado e tenha gente pra testemunhar esse grande evento. Pois as bandas sempre deram e sempre darão o melhor de si, portanto serão dois showzaços. Eu espero também que não pare por aí. Bandas como o Lost Forever, o Dreadnox e outras poucas da nossa época, continuem a fazer seus trabalhos, que as que estão “começando” façam também seus trabalhos. As bandas têm que ousar mais no que diz respeito a arriscar com seus próprios trabalhos. O público vai prestigiar esse tipo de investimento, entende? Existem excelentes bandas e excelentes trabalhos de bandas novas. É só deixarmos a políticagem para os “políticos” e a música para quem quer realmente fazer música, que as mazelas que hoje nós (músicos de Heavy Metal) colecionamos e lamentamos, possa se tornar apenas “flashes” de um pesadelo antigo num futuro bem próximo.

Gostaríamos de agradecer pela entrevista, e fica aí o espaço para mandar uma mensagem para os seus fãs e os futuros fãs também!

James Galvão: Eu quero agradecer pelo espaço dado pelo Rio Metal Blog para divulgação do nosso show e a todos que vem comprando nosso CD e tem comparecido aos nossos shows. O apoio dos nossos amigos, da nossa produtora Rachel Möss, e de todos que fazem parte do nosso dia a dia tem sido fundamental para todos nós.

Andre de Lemos: Nós que temos de agradecer! Obrigado pela oportunidade e pela força! Dia 21 de agosto, todos lá no Teatro Odisséia! Até.

Fabbio Nunes: Obrigado pelo espaço aqui no Rio Metal Blog primeiramente, valeu mesmo! Aos amigos e fãs que tem nos dado força e nos acompanhado nos shows, um “muito obrigado pelo carinho” de coração. Aos futuros fãs, posso falar por todos da banda, esperamos que vocês curtam o nosso trabalho e, se positivo, convido-os a fazer parte dos nossos canais na internet para acompanhar as novidades e shows do LF. Esperamos também, que no dia 21/08, o Teatro Odisséia esteja lotado, pois quem for, verá duas bandas honestas e competentes mostrando o porquê de estarem aí até hoje! Abraços


Para conhecer e ter novidades da Lost Forever, acessem Facebook, Twitter, Myspace, Site e o canal da banda no Youtube.

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